Aparentemente, a regra número 1 em textos sobre viagens é evitar os clichês. Por exemplo: tal lugar é deslumbrante, tal cidade me deixou de queixo caído, tal país é inesquecível e por aí vai.
No entanto, continuando na nossa passagem pela ilha de Malta, não resisti e coloquei esse título do post, um ditado bem clichê. Por quê? Porque a ilha de Malta é bem pequena mesmo (1/4 do tamanho da cidade, sim, CIDADE, do Rio de Janeiro), mas a quantidade de coisas para se fazer é gigante. Não é o menor país do mundo (o vencedor é o Vaticano) mas na relação atrações sobre área acho difícil que outro lugar tire o título de Malta.
Uma das causas da ilha ter uma história tão interessante é sua localização geográfica. No meio do Mar Mediterrâneo, posição que sempre foi mais do que estratégica. Alvo de cobiça entre várias nações durante diversas guerras por que já passou. E não estamos falando aqui só das guerras mundiais “recentes”. Malta tem uma história muito ligada às cruzadas, por exemplo.
Para contextualizar melhor, a ilha de Malta é uma das 3 ilhas que compõem o país Malta. Duas ilhas são habitadas (Malta e Gozo) e a terceira (Comino) recebe milhares de turistas para conhecer a lagoa azul.
Malta já era habitada na pré-história (existem sítios arqueológicos de 4,000 anos antes de Cristo). A ilha já foi fenícia, romana, árabe, normanda, francesa e britânica. É independente apenas a partir de 1964. Tanta gente já pisou por aqui. Para os amantes de história é uma festa.
Curiosamente, mesmo sendo uma ilha, Malta não tem tantas praias espetaculares de areia branquinha tipo Nordeste brasileiro. O litoral é bem escarpado e muitas praias são de pedra mesmo. No entanto, isso é compensado pela dramaticidade da paisagem e pelas águas limpíssimas. Para a turma do mergulho é uma festa.
As línguas oficiais são o Maltês (uma mistura de língua latina com árabe!) e o Inglês. Existem muitas escolas de intercâmbio e o turismo também é forte, dando à ilha um aspecto bem alegre e jovial. Olha aí mais uma “tribo” que adora a ilha.
Nesta nossa viagem, tivemos várias oportunidades de checar clichês e estereótipos dos lugares por que passamos. Por exemplo, imagino que, se perguntada sobre Malta, a maioria dos brasileiros diria se tratar de um destino desconhecido, ou exótico, ou perigoso, ou isolado ou tudo isso junto.
Nada poderia ser mais impreciso. Britânicos e italianos voam aos montes para a ilha. É um país extremamente seguro e o transporte público é excelente e sem complicação. Tem uma arquitetura belíssima e se come muito bem. Voos fáceis a partir das principais capitais europeias. Estamos falando de Paris? Não. É a pequenina Malta mesmo. Vale a pena “descobrir” esse país.
Ficou com vontade conhecer? Então, da próxima vez que pensar em Londres ou Paris, por que não checar uma ilhota um pouco mais a oeste no meio do mar Mediterrâneo? Mas coloque os óculos para ter certeza que vai encontrar esse especial pontinho no mapa!
Um comentário sobre “É nos pequenos frascos que se encontram os grandes perfumes”
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Muito legal o post.
Aliás, aproveitei para ler o primeiro sobre Malta, que tinha perdido.
Fotos ótimas!