Chegamos no Galeão 3.5 horas antes da saída do voo para Santiago. 4.5 horas de voo até Santiago. 3 horas de conexão em Santiago. 12.5 horas de voo até Auckland. Fez as contas? Pode deixar, tivemos bastante tempo de fazer por você. 23.5 horas para chegar em nosso primeiro destino. Essa é uma maneira de ver. A outra maneira é que começamos a viagem no dia 07/11 às 13 horas da tarde e chegamos na Nova Zelândia dia 09/11 às 5 horas da manhã. Ou seja, em “tempo corrido” foram 40 horas de viagem. Tudo isso pois viajamos para Oeste e cruzamos a famosa linha do tempo, o que provoca o curioso fato do dia 08/11 simplesmente não ter existido para nós.
Quem disse que a Nova Zelândia é um país tranquilo e sem crime? Mal chegamos e já nos roubam um dia inteirinho! Dia esse que não vamos mais recuperar pois continuaremos a viajar em direção oeste e não cruzaremos mais a linha do tempo.
O ponto positivo é que, aparentemente, a violência em Auckland é realmente só restrita a roubo de dias. Estamos hospedados em uma casa no bairro de Grey Lynn onde é incomum ver qualquer casa com muro e muito menos grades nas janelas. A porta de entrada da casa onde estamos é de vidro sem qualquer reforço e a fechadura super frágil. Vejo isso como um bom sinal.
Estamos começando a explorar agora a cidade e depois faremos outros posts sobre locais e atrações específicas, mas uma coisa curiosa já nos chamou atenção por aqui: a paranoia dos neozelandeses em relação a pragas agrícolas. No aeroporto preenchemos um formulário, fomos entrevistados por 2 seguranças, tivemos nossas malas cheiradas por 2 simpáticos cachorros e finalmente escaneadas para liberação, tudo para terem certeza que não estávamos trazendo nenhum alimento. Acredito que se tentássemos imigrar ilegalmente o problema seria menor do que se nos pegassem com uma maçã! Deve ser o crime mais grave por aqui.
Para mostrar como a coisa é séria, no nosso bairro vimos vários avisos de que esta é uma área de fruit fly (mosca da fruta) e que os alimentos não poderiam ser transportados para outras regiões da cidade! Ou seja, teoricamente, eu não posso transportar nenhuma comida para fora da fruit fly control zone. Não vi ninguém revistando ninguém e não sei como a companhia de limpeza urbana lida com esse fato, mas que isso está escrito está.
Ao fazer compras em um mercado, vimos um enorme aviso indicando que o estabelecimento estavam fora da fruit fly control zone. Sorte a nossa que podemos comprar nesse mercado. Cheguei à conclusão que comida aqui tem que ter salvo conduto para poder circular. Lei marcial. Isso é que dá morar em um fuso horário 15 horas na nossa frente.
Esses neozelandeses!
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20 comentários sobre “Roubados na Nova Zelândia”
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Casal sensacional, não conheço a mulher, mas só pela companhia ao marido e por conta das histórias que li aqui – posso entender se tratar de gente muito boa. Aproveitem o máxima e continuem a mandar os comentários e observações sobre os lugares. Espero poder aprender um pouco mais sobre Asia, Oceania e os outros lugares por onde passarão. Abraços
Legal o comentário, Wagner. A ideia é essa mesmo, colocar nossas impressões para que todos nós possamos ter outro olhar sobre os coisas e o mundo em geral.
O pior Tacu e que vcs foram roubados justo em um domingo! Assim
E menos um domingo nesse ano maravilhoso! Mas certamente vcs vão redimensionar o significado dos dias da semana por aí… E terão muito mais ganhos que perdas, ao longo desse enriquecedor projeto !
Verdade. O bom dessa viagem é o famoso cliché de não ter tanta diferença se é sábado, domingo ou dia de semana. Diferentes maneiras de pensar para exercitar o cérebro.
Tia Celina. A campainha da casa da vovó toca e vou ver e não é você 😩😩😩😩
Saudades do meu Pequeno!
Agradeço as noticias . Um abraço. Ah, a Claudia está lendo o quer postado, exclusive no face para nos…
E viva a tecnologia! Bjs
Celina, tive outra ideia: a cada 30 dias vocês postam a foto no local que estão (pode ser até dentro de um mapa para sabermos a localização) para percebermos possíveis mudanças durante a viagem. Refiro-me ao tamanho e COR dos cabelos, eventual barba que meu amigo cultive, peles bronzeadas ou bem branquinhas, mudança de hábitos, mochila maior ou menor, roupas, acessórios…
Me surgiu como uma linha do tempo acompanhada de pequenas mudanças que fatalmente e felizmente ocorrerão. Nós, aqui na República das Bananas, onde reina o Babalorixá de Banania, vamos perceber. Viu, como estou participando! Beijos em todos e muita saúde. Valeuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Boas sugestões! Só não entendi a parte da COR do cabelo. 😜
Noossa! Que susto c a chamada do post! A gente aqui sempre de sobressalto!! Mto interessante! Bjs
Pois é, cada local com suas peculiaridades. Aqui estamos com stress na hora de jogar o lixo fora. E se a gente não tá classificando corretamente os recicláveis e jogando fora alguma fruta que não pode? Vem a polícia? Ainda não tá 100% claro como fazer rsrs
Este é um tipo de roubo que não chega a incomodar! rsrsrs Bem melhor do que os problemas que temos aqui na Tupiniquinlândia! Aproveitem muito e vamos viajando junto com vocês…
Pois é, e é engraçado como nos acostumamos rápido com as coisas (boas e ruins)…
Ahh… Adorei a ideia do ROBERTO IANNIBELLI sugerindo vcs postarem sobre a economia local! Muito legal mesmo!
Saudades já ! Beijos
Valeu Isabela! Como meu nobre Amigo Marcelão é engenheiro não terá dificuldades com números e nem com dezenas de conversões. Assim, podemos checar em tempo real e de fonte absolutamente segura os preços praticados para lastrear nossas decisões. Estamos juntos nessa maravilhosa aventura. Beijos carinhosos para todos.
Adorei a chamada, deste post, confesso que levei um susto !
Tacu, ao ler seu post vi que seus comentários sarcásticos ficaram muito engraçados e com aquele toque de quem não perde uma oportunidade para deixar sua marca, fato que só conhecia nos papos dos encontros Friends e que já faziam o maior sucesso!!
Acho que o blog vai virar uma referencia da viagem, e quem sabe um livro venha depois?
Agora espero ansiosa pelo próximo !
Essa é a ideia. Pelo menos tentar ver as coisas com uma lente diferente 😉
Aqui são 08:09h de quarta feira. Ontem ocorreu o pior tiroteio da linha vermelha. Vários motoristas se colocaram debaixo dos carros. Debaixo mesmo, não é atrás! Fico imaginando um neozelandês no meio desse fogo cruzado! Não iria se apavorar, pois pensaria estar numa cena de filme policial…
Outra coisa que pensei: um menino com um vidro de maionese daqueles antigos repleto de vagalumes pela zona restrita! Seria preso, no mínimo!
Enfim, seguimos por aqui tentando sobreviver.
Uma dica para turistas que li na revista Veja: jamais escreva em e-mails no exterior, sobretudo na América do Norte e na Europa a palavra BOMBA, nem de brincadeira. Nunca fale essa palavra, sobretudo em aeroportos, museus, pontos turísticos etc.
Mudando de assunto, seria interessante criarem um campo específico no blog para abordarem aspectos sobre a economia do país visitado. Coisas como o preço da gasolina, diesel, pedágios, hambúrguer do Mc Donald, café expresso, coca cola, diárias de hotéis, tarifa de taxis e demais itens que existem em todos os países com o objetivo de possibilitar uma comparação direta, todos em dólares americanos.
Excelente viagem para meus amigos! Parabéns pelo Blog e pelos textos. Que a força siga com vocês! Artista.
Boa sugestão, Roberto. A primeira impressão por aqui é que as coisas estão bem caras. Por exemplo, uma passagem de ônibus comum é US$ 1.50. Comer em um restaurante razoável por menos de US$ 50 é fácil. Mas, como todo lugar, estamos começando a pegar os macetes.