Gostamos muito de viajar de carro. Ir rodando, visitando as cidadezinhas e atrações naturais pelo caminho. E o Marcelo tirou de letra voltar a dirigir do lado esquerdo da estrada, mais de cinco anos depois de nossa temporada em Londres. Impressionante como a habilidade estava lá, guardadinha, só esperando para ser usada novamente. Mas não dá para bobear. Keep left!
Após aproveitarmos bastante Perth, nosso destino agora era ao sul, na região de Margaret River, conhecida por sua beleza natural, vinhos e gastronomia.
Uns dias antes da data da viagem ficamos sabendo que a principal estrada de acesso estava fechada, devido a fogo na mata, e o percurso que normalmente leva três horas poderia chegar a nove. Pensamos que o fechamento era só por excesso de zelo e ficamos meio aborrecidos com a perspectiva de o deslocamento durar o triplo do tempo normal. Bem, fazer o quê? É a vida. E agora não temos pressa, né! Foram tantos anos de stress e falta de tempo, que às vezes ainda é difícil relaxar e deixar rolar. Porém é fundamental. Para essa viagem. Para a vida.
Por sorte a via acabou reabrindo na véspera de partirmos. No caminho percebemos como tinha sido egoísta nossa reação com a notícia do fechamento da estrada. O tal do bushfire não foi um foguinho qualquer na mata, sem maiores consequências, como tínhamos imaginado. Foi incêndio de grandes proporções, causado provavelmente por um raio. Em um trecho da autoestrada ficamos impressionados com as árvores carbonizadas. O fogo atravessou as pistas de ida, o grande canteiro central arborizado, as pistas de volta e continuou fazendo estragos na mata lá do outro lado. Ainda bem que nenhum carro foi pego pelas chamas. Depois ficamos sabendo que uma pequena cidade tinha ardido quase toda ali perto. Dois mortos e mais de 160 casas destruídas. Muito triste.
Infelizmente os incêndios na mata seca são um problema frequente no escaldante verão australiano. O que me faz lembrar o problema às avessas no verão do sudeste brasileiro, com as chuvas torrenciais. É a natureza deixando claro quem dá as cartas.
Tirando a aridez no verão, a natureza é muito generosa neste pedaço do mundo. São inúmeras praias lindíssimas, de areia branquinha e água turquesa, cristalina. Em alguns trechos calminhas, com piscinas naturais, em outros com grandes ondas, perfeitas para o surf. Um imenso parque nacional margeando a costa, com caminhadas deliciosas. Grutas colossais, com inacreditáveis esculturas naturais.
A região conta também com centenas de vinícolas, cervejarias artesanais (Marcelo aprovou), fábrica de chocolates (adoro!), fazendas, galerias de arte, lojas, restaurantes e cinema ao ar livre, que é programa imperdível, com direito a céu estrelado, pufão na grama, cobertor e comidinhas (restaurante ou piquenique). Show!
Uma infinidade de atividades, para todos os gostos.
Bem, como perfeição não existe, há um dentudo porém: aqui tem tubarão. Nada que desanime banhista de água rasa, mas os destemidos surfistas destas praias têm sempre história para contar.
Na praia urbana de uma cidadezinha da região, nos divertimos com esta placa, na linha “aquele que não deve ser nomeado” (para fã do Harry Potter).
Na Austrália, é função do salva-vidas, além de evitar afogamentos, patrulhar as praias (da areia, por barco e até helicóptero), soando o alarme no caso de avistar algum tubarão.
Ah, os salva-vidas aqui são voluntários. Passam por treinamento e teste físico e, se aprovados, trabalham em revezamento durante o verão. É função de grande coragem e orgulho. E dá bem para entender o porquê!
buscando novos caminhos
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8 comentários sobre “Estamos no Rio (Rio Margaret)”
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Estou adorando a viagem de vocês !
Aproveitem bastante !
Com certeza da para editar um livro!!
Legal que você está viajando conosco. Bjs
estou adorando acompanhar voces
Aproveitem muito
Que bom que você está gostando! Bj
Saudades de vocês! Feliz de ver que vocês estão aproveitando bem. Coma muitos chocolates por mim.
Beijos
Pode deixar comigo! 😘
Cê: Boa a pegadinha do duplo sentido do título!
Mexe fundo nesse coração saudoso… Incêndio por essas bandas aí é coisa bem séria mesmo…
Saudades!