Austrália. Ilha gigante de área quase igual ao Brasil e conhecida pelos seus animais estranhos. Decidimos pular as mais conhecidas Sydney e Melbourne e vir direto para o oeste (WA ou Western Australia), mais especificamente a cidade de Perth.
Além de visitar uma parte menos famosa do país, temos o privilégio de contar com Luís e Astrid, dois amigos que moram aqui e estão nos recebendo com muito carinho e dando todo o suporte possível para que nos sintamos em casa.
Em relação à hospedagem, optamos por uma estratégia diferente. Em vez de ficarmos apenas em um local, vamos experimentar três lugares diferentes. Assim, poderemos ter uma ideia melhor das diferentes opções de Perth. Iniciamos por uma região alternativa chamada Fremantle, vamos para o centro da cidade (ou, CBD, Central Business District, como eles chamam por aqui) e finalmente ficaremos hospedados na casa de nossos amigos no distrito de Melville.
Em relação à Fremantle, é uma cidade de músicos, artistas de rua, lojas diferentes, cervejarias artesanais, bares, restaurantes, porto, universidade e belas praias. Uma senhora mistura. Aparentemente, uma região decadente há alguns anos atrás e que foi totalmente revitalizada. Uma história de sucesso.
Freo, como é conhecida pelos locais, foi eleita pela revista Lonely Planet como uma das 10 melhores cidades do mundo para se visitar em 2016. Entrar nesta lista da Lonely Planet é como ganhar um Oscar da indústria do turismo e esse fato foi devidamente comemorado por aqui. Não sabíamos disso ao alugar nosso apartamento em Fremantle. Sorte grande que tiramos. Se tivéssemos ido para Perth direto, dificilmente estaríamos aproveitando tanto esta cidade.
A rua principal de Fremantle se chama South Terrace, mas é conhecida como Capuccino street tamanha a quantidade de cafés, restaurantes e bares. Comida para todos os paladares.
Outra atração imperdível é o Fremantle Markets. Um mercado no limiar do caótico que funciona sextas, sábados e domingos (por causa da época de Natal está funcionando todos os dias da semana agora. Oba!). Tem de tudo. Várias coisas alternativas que você só encontra lá. A parte de comida é fantástica também. Tem pratos de todo lugar do mundo. Na última vez que fomos lá, comemos uma entrada em um stand da Venezuela (uma espécie de quesadilla com massa de milho) e depois comemos um pato em uma panquequinha asiática (que se chama Bao). A mistura foi geograficamente e gastronomicamente bem louca (meio que espírito de Freo), mas a barriga gostou. Ah, entre um e outro tomamos um suco de laranja natural (coisa não muito comum por aqui. A maioria dos sucos é de fruta congelada!).
A arquitetura de Freo é outra atração. Me lembrou um quê de Nova Orleans e tem muita coisa preservada do século XIX (isso para Austrália, é quase como se fosse Idade da Pedra em padrões europeus).
Cervejarias, festivais, pôr do sol, centros de arte e até uma ex-prisão que virou atração turística. A quantidade de coisa que se tem para ver em Fremantle é bastante grande.
Em resumo, pelo jeito, parece justíssima a escolha da Lonely Planet de Freo como um must para se conhecer.
E essa é uma das coisas bacanas que acontecem principalmente em viagens de longo prazo. A surpresa está sempre no seu caminho. Nunca tinha ouvido sobre essa cidade e cá estamos descobrindo algo totalmente novo e “desconhecido” (para nós, obviamente).
Próxima parada: centro de Perth. E seguem as experiências de contraste!
Um comentário sobre “Fomos para Perth e ganhamos Fremantle de bônus”
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Tacu; Que bom que vcs tiveram essa oportunidade em Freo! Nunca tinha ouvido falar daí, nem mesmo no ano que moramos aí… Íamos aos Open Markets quase que semanalmente e eram muitas as experiências da diversidade humana, especialmente na área da cultura e da gastronomia… No final desse ano tive o prazer, em um parque em Sydney de tomar um suco de laranja esprimido na hora, com gominhos e tudo e foi muito emocionante! Deu uma baita saudade do Brasil… Que vocês tenham um 2016 muito rico em novas experiências e boas surpresas!