Papo sério:
Apesar de eu já saber que Christchurch havia sofrido um grande terremoto em 2011, o primeiro passeio pela cidade me deixou mal. Mais de 70% das edificações do Centro da Cidade desabaram ou estão condenadas. Quase cinco anos depois, destroços, andaimes e guindastes ainda dominam a paisagem.
Até questionei nossa decisão de visitar Christchurch, havendo tantas outras opções deslumbrantes na Nova Zelândia. Foi meu instinto de buscar o belo e perfeito (como se isso realmente existisse).
No primeiro dia deu vontade de partir.
Em viagem de longo prazo, porém, experiências contrastantes fazem parte do aprendizado. É interessante observar nossas próprias reações diante das diferentes situações. E aprender com elas.
Após o impacto inicial, passei a admirar a resiliência e a capacidade de reconstrução deste povo. E descobri a beleza dos parques, praias, subúrbios e estradas da região.
Ainda tivemos a sorte de conhecer uma família adorável, que nos contou sobre a vida neste lugar e nos fez sentir em casa.
No último dia deu pena de partir.
Que bom que viemos para esse lugar lindo e conhecemos pessoas tão bacanas!
Papo leve:
O ritmo por aqui é bem mais tranquilo e as pessoas mais relaxadas. Para você ter uma ideia, chegando no aeroporto pegamos uma van que ia rebocando um carrinho com as malas dos passageiros. Mal saímos do aeroporto, passando por um quebra-molas ouvimos um barulho e brincamos entre nós dois: “Imagina se o reboque se solta e as malas ficam pelo caminho”. Uns 5 minutos depois o motorista atendeu a uma ligação perguntando se ele tinha perdido uma mala na saída do aeroporto. Ficamos meio pilhados até confirmarmos que nossa bagagem continuava no reboque. Curiosamente, o passageiro kiwi, cuja mala tinha ido parar no asfalto, não parecia preocupado.
Por falar em tranquilidade, o povo tranca a porta de casa apenas quando sai. E mesmo assim, só se for demorar para voltar.
Comemos muito bem por aqui. Comida saudável, saborosa e leve. Bem, leve até demais – em alguns restaurantes dava vontade de pedir uns dois ou três pratos por pessoa.
Ao contrário do Rio (Brasil?), em que a frota é quase toda preta, branca e prata, por aqui os carros são bem coloridos. Tem de tudo – amarelo, verde limão, lilás, azul turquesa, laranja, ferrugem, roxo etc. Vai um pink aí?
8 comentários sobre “Christchurch – mix de emoções”
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Ei!!!! Feliz ano novo para vcs aí do outro lado! Saudades!!! bjs
Um ótimo 2016 para vocês!!! 😙
Cê: vocês fizeram bem em ir a ChCh! O pôs-tragédia e uma experiência muito impactante, mas enriquecedora! Todos saímos disso mais fortes e solidários! Lá em Friburgo, nos motivou a ingressar em um Clube de Serviços, onde somos bem atuantes nas prestações de serviço as comunidades carentes. Agora nos sentimos mais pertencentes a essa cidade que nos recebeu!
Pois é. A tragédia na Serra não dá para esquecer. Ainda bem que vocês conseguiram construir algo tão bacana a partir desta experiência. Bj
Celina: você e uma redatora pictórica! Isso também e herança familiar, passada por mim e recebida de minha mãe… Para uso pessoal e das multidões de admiradores e discípulos…
Modéstia à parte! 😘
Algo me diz que a Nova Zelândia marcou muitos pontos. Legal, mas é muito longe, não inventem de ficar por aí depois do giro completo. Vamos ter que juntar as moedinhas a vida toda para uma única visita.
Ontem, no 29º Amigo Oculto da Turma, falávamos, Roberto e eu, sobre esse risco.
Beijos e abraços.
Marcou pontos mesmo, mas bota longe nisso! Saudades dos vizinhos queridos.