Precisávamos de um bom descanso depois da temporada na Índia. E imaginávamos que o próximo trecho do roteiro, o longo percurso no continente africano, também seria bastante demandante. Por isso, decidimos parar nas paradisíacas Ilhas Seychelles, para recarregar as baterias a caminho do Quênia, que seria ponto de partida de nosso tour pela África continental. Essa parada nem estava no roteiro original, mas foi incluída por conveniência geográfica, em decorrência de um descasamento entre as datas do final do tour da Índia e do início do overland da África. Que sorte!
Esse arquipélago africano tem forte influência da Inglaterra (da qual já foi colônia) e da França (que também teve um período de domínio por lá). Juntamente com o Creóle, Inglês e Francês são as línguas oficiais, amplamente faladas pela pequena população de 91 mil pessoas.
A maior de suas 115 ilhas, Mahe, tem apenas 27 km de comprimento e 8 km de largura, tamanho ideal para se deixar explorar de carro, com tranquilidade, aproveitando as montanhas com visuais maravilhosos e as diversas praias pelo caminho. Sem pressa mesmo, já que em vários trechos a rodovia principal é íngreme e estreita, delimitada por valões de água pluvial, ávidos por engolir a roda de qualquer motorista incauto.
O litoral é um sonho. Sabe praia de areia branquinha, com sombra de coqueiro, mar cristalino e água quentinha? Pois é, aqui tem. Fomos a várias, cada uma mais gostosa que a outra. Algumas são calminhas, verdadeiras piscinas verdes ou azuis. Outras são point de surfista. Tem as badaladas, com bares e espreguiçadeiras na areia, e também as desertas, para quem quer paz e tranquilidade.
Pegamos dias lindos, com pôr do sol deslumbrante dentro do mar, e também alguma chuva, que nos presenteou com arco-íris.
Depois de nos acostumarmos com o porte dos asiáticos, baixos e estreitos, tipo mignon, e nos espantarmos com esquálidos indianos, nos chamou atenção a estrutura volumosa dos habitantes daqui, sobretudo as mulheres.
Muita gente vem para cá curtir mordomia total, em um dos vários resorts de super luxo, estrategicamente posicionados em belas praias ou até ilhas exclusivas. E querendo gastar, o céu é o limite – por exemplo, vendedor ambulante cobra o equivalente a até R$30,00 por um coco (!). A sede até passa. E olha que por todos os lados há coqueiros, que os vendedores sobem, com uma agilidade impressionante, para repor seus estoques lucrativos.
Ah, além do coco normal, aqui tem também um coco muito especial, o coco de mer, que é enorme, duplo, pesa até trinta quilos e é o símbolo oficial da região. Não quero nem pensar quanto custaria um desses.
Luxos à parte, dá também para curtir Seychelles num esquema mais acessível, alugando um quarto ou casa e escolhendo bem onde comer. Tudo de acordo com o gosto (e o bolso) do freguês.
Ao final da nossa semana de sombra e água fresca estávamos revigorados, prontos para nossa travessia de 41 dias por terra pela África, partindo do Quênia e passando por Tanzânia, Malaui, Zâmbia, Zimbabwe, Botswana e Namíbia, até chegar na África do Sul.
6 comentários sobre “Recarregando as baterias no Índico”
Comments are closed.
SAUDADE!!!
Muita!
Vocês são incríveis!! 🙂
Me sinto viajando junto cada vez que vocês postam algo aqui ou no face.
<3
Que bom que você está viajando conosco!
😙
Seychelles realmente ê um encanto ! O verde transparente misturado.com a vegetação , rodeados por essas rochas imponentes e esculpidas fazem desse cenário um lugar único! E ainda comi aí o melhor peixe na brasa com molho creole da minha vida. …
É uma delícia mesmo!
Bjs